17 julho 2008

parece piada, mas agora refiz a senha

e vou tentar não esquecer.

este bloguinho era divertido...
ju

09 julho 2007

gata lambida gata feliz

um dia alguém me disse que amor era como cristal, uma vez quebrado nunca mais seria inteiro. e eu acreditei. noutro dia, uma amiga me disse que amor reconstruído era bom apenas para quem gosta de mosaico. e eu acreditei. hoje sei, ninguém me disse, que amor é como osso, quando quebra dói, mas o desejo de fazê-lo sarar calcifica forte. fica muito mais difícil quebrar. já não é o mesmo osso, é muito melhor.

foto: V. Ladyzhensky
gata:j

08 julho 2007


lembrei minha senha!!!!!!!!!!!!! como o terminator: i'll be back!

agora com fotas.

j.

foto: não faço idéia

'fotas': A. Luckman

26 março 2007

sozinha com a minha grande felicidade [F.K.]

Vinte e sete. 2+7=9. Nas cartas do tarô: o Eremita. O Eremita quer ficar só. Não que eu leve muito a sério cabalas, astrologias e etc a ponto de guiar por isso a minha vida, mas por coincidência ou não faz muito sentido com o atual momento.

Depois de um bom tempo voltei a gostar de fazer aniversário. Acho que estou re-significando esta data. E certamente muito dessa re-significação passa pelo meu momento de vida. Poucas vezes [talvez nenhuma] estive tão plena de mim mesma. Tão feliz com o que sou. Tão realizada com a imagem refletida no meu espelho. E acho que isso tem a ver com ficar só. Morar só, dormir só, comer só... e nem de longe esse “estar só” passa por mim como solidão. Não. O sentimento é outro. E eu não saberia explicar e muito menos você [qualquer você que esteja lendo] conseguiria compreender. Como diria a Clarice, me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir... é que cada vez mais percebo que nos momentos vazios realmente gosto da minha companhia. E isso é tão aconchegante e tão completo, que me preenche.

O mais surpreendente é que, ainda que esteja só, estou cercada de grandes e valiosos amigos, que também foram fundamentais pra fazer deste o melhor aniversário dos últimos tempos. E que me fazem reafirmar uma frase [de um desses grandes amigos] que tem sido o mote da minha vida ultimamente:
“Não troco meus amigos por nada”.

E pra finalizar esse post de comemoração de idade nova, casa nova e vida nova, só ela poderia fazer isso com chave de ouro. Recebi de um outro grande amigo [parênteses para mais uma vez agradecer a presença deles na minha vida] e achei que tudo combinava com tudo. Divido aqui este encontro de combinações. Deleite-se!

“Querida Ila em seu aniversario achei este poema, não nas cores de Frida mas nas emoções de Clarice. Parece que escreveu sabendo que hoje, e apenas hoje, 23 de março de 2007 ela falava para você... Felicidades!

'Meu Deus, me dê a coragem de viver trezentos e sessenta e cinco dias e noites, todos vazios de tua presença. Me dê a coragem de considerar esse vazio como plenitude. Faça com que eu seja a tua amante humilde, entrelaçada a ti em êxtase. Faça com que eu possa falar com este vazio tremendo e receber como resposta o amor materno que nutre e embala. Faça com que eu tenha a coragem de te amar, sem odiar as tuas ofensas à minha alma e ao meu corpo. Faça com que a solidão não me destrua. Faça com que minha solidão me sirva de companhia. Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar. Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo. Receba em teus braços o meu pecado de pensar.' [Clarice Lispector]"




Ila - 23demarçode2007

15 março 2007

A poesia é uma arte moribunda. Ainda assim não escrevo prosa. Não por falta de amor, mas por falta de reciprocidade. Um dia, quem sabe, ela deixa de ser prosa e me dá uma chance.

OK, procurando minha certidão de nascimento (ironia das ironias) encontrei este escrito a lápis numa página esquecida de um velho caderno. Tenho uns cadernos com bobagens escritas, mas suspeito que tudo aquilo que me constrói não é uma bobagem qualquer. É A Bobagem, com b maiúsculo e cheiro de história. Vamos ao escrito...

" Me deito de sapatos acordo sem sonhos. Nem durmo, abro os olhos. O chiado da TV me examina. Me vê sem pecados e absolve. Começa a programação matutina. O botão num flash apaga e silencia. Estou só. Medo. Meus olhos se aquecem. Lágrimas. Acho que estou doente. Sinto cheiro de crisântemos. Levanto. Me vestiria se não estivesse pronto. Seco o que está molhado. É preciso deixar tudo pronto. Esta casa não é mais minha. Nem dele. Jogo sem esperança os objetos nas malas. Me arrasto numa pressa sem rumo. Acho que está pronto. Não olho pra trás. Fecho a porta sem chaves, nada há que possa ser roubado. Os mortos nada levam, aos enterrados nada importa. Uma felicidade tonta e burra me invade. Prozac. Vou em direção ao automóvel. As parcas coisas despejo no porta-malas. Lembro que ironia o carro meu que não sei guiar. Onde estava com a cabeça? Prozac. Volto pra dentro e disco números vazios. Vem o taxi. Pronto. Gentilmente o velho faz a transfusão de malas. As tranqueiras ficam apertadas num porta-malas menor e nem por isso ganham mais importância. Por quê as levo? O automóvel eu deixo, só um morto saberia guiá-lo."

Não sei quando escrevi isso, só sei que meus dedos coçam (e nem sei pra que serve Prozac, graçasadeus).
j

08 março 2007

estou feliz
e poeta feliz é analfabeta
nada escrevo que mereça leitura
se não cuido começo a rimar

j

05 fevereiro 2007

restitua meu hálito por palavras novas
hoje nasci enfadada dos verbos toscos que ninguém lê
sozinha ecoo(oooo) na página vazia
tédio literário sou eu

j